A Autoestima e a Quarentena

Estamos vivendo um período atípico. Nunca na história da humanidade tanta gente precisou fazer isolamento social. Tudo isso fez nossa rotina mudar e tivemos que abrir mão de muitas coisas que antes faziam parte do nosso dia-a-dia.

Toda essa transformação na nossa vida mexeu na gente de inúmeras maneiras e um ponto que merece bastante atenção é a nossa autoestima. Ela envolve inúmeros fatores – que vão além da estética- e que durante este momento foram atingidos.

A ideia deste texto é discutir um pouco sobre autoestima, como a quarentena a influenciou e maneiras de eleva-la. Vamos lá?!

Sim, mas o que é autoestima afinal?

Muito se fala de autoestima, é um termo explorado fortemente na publicidade, mas, para que possamos trabalha-la, é importante primeiro entender por completo sua definição.

Segundo a psicóloga Mayara Dias autoestima é a avaliação que a pessoa faz de si mesma, expressando uma atitude de aprovação ou de repulsa e até que ponto ela se considera capaz, significativa, bem-sucedida e valiosa para si e para o meio em que vive.

Ou seja, é um sentimento que nos envolve como um todo, em todos os âmbitos da nossa vida: profissional, amoroso, familiar, estético, etc. Ter uma boa percepção de si mesmo nos ajuda a tomar decisões mais saudáveis, ajuda no bem-estar e a defender com mais afinco nossos valores, interesses e princípios, por isso ela é tão importante para nós.

Ás vezes nos sentimentos medidos em todos os aspectos

No que é baseada a autoestima?

A base da autoestima é o autoconhecimento, saber reconhecer suas qualidades e competências, valorizando o que se tem de melhor e reconhecendo as limitações e defeitos. Partindo deste princípio, é importante a gente entender os quatro pilares que sustentam nossa autoestima:

  • Autoaceitação: postura positiva em relação a si mesmo como pessoa, respeitar a si próprio, estar satisfeito e de acordo consigo mesmo;
  • Autoconfiança: ser positiva com relação às próprias capacidades e desempenho;
  • Competência Social: saber lidar com outras pessoas, com situações difíceis, ter reações flexíveis, conseguir sentir a ressonância social dos próprios atos;
  • Rede social: estar ligado a uma rede de relacionamentos positivos, seja com parceiro, família, amigos, poder contar com eles e estar à disposição deles, ser importante para outras pessoas.

De que maneiras a quarentena afetou nossas autoestima?

Em um exemplo simples e se baseando nos quatro pilares do tópico anterior podemos criar situações onde a autoestima foi afetada.

Não podemos mais sair para um barzinho com os amigos (rede social).

Não conhecemos pessoas novas (competência social).

Não temos mais um colega de trabalho ao lado para perguntar se estamos no caminho correto (autoconfiança).

paramos com o projeto fitness e estamos comendo mais que nunca (autoaceitação).

O contato faz falta

Como posso melhorar minha autoestima?

Cada indivíduo é único, cada pessoa lida com a situação de uma maneira diferente, então não há uma única maneira de se melhorar a autoestima ou uma receita perfeita que sirva para todos. É importante primeiro fazer uma autorreflexão, se a baixa autoestima já chegou ao ponto de prejudicar, se é algo recorrente é importante buscar uma ajuda profissional, no caso um psicólogo.

Entretanto, um dia ruim não significa que já necessite de ajuda, não somos obrigados a nos sentir lindos e maravilhosos todos os dias, as vezes é uma fase ruim causada por um fim de relacionamento, o aniversário que se aproxima (confesso que eu fico para baixo quando chega perto do meu aniversário) ou uma briga em família. Para esses casos há maneiras de darmos um up nessa percepção de nós mesmo.

As artes em maneira geral são ótimos estimulantes: teatro, dança, música, escrita e a fotografia, são bons exemplos. Todos te exigem habilidades que trabalham os quatro pilares da autoestima que falamos no tópico anterior.

Mas hoje eu quero contar para vocês como a fotografia pode ajudar você nisso.

A fotografia como experiência transformadora

Fotos podem melhorar minha autoestima? Acredito que o primeiro ponto que devemos aclarar é que são mais do que fotos, é uma experiência! Uma sessão fotográfica começa com o desafio de sair da zona de conforto, é difícil a ideia de se colocar na frente de uma câmera e ser os centros das atenções.

A sessão começa muito antes das fotos, para que a gente tenha uma sessão maravilhosa, é importante alinhar todos os detalhes com o fotógrafo e ver se o estilo de fotos dele, combina com seu gosto pessoal. Eu, por exemplo, sempre peço que a modelo escolha de 10 a 15 fotos que ela ache bonita e que se consiga imaginar naquelas fotos, assim consigo identificar o estilo dela e os pontos que ela mais valoriza: se gosta de fotos mais de longe ou close, uma grande produção ou algo mais natural/lifestyle, locais ao ar livre ou um estúdio e por aí vai.

Combinamos todos os detalhes bem antes da sessão

Também faz parte da preparação a escolha dos locais, a roupa e maquiagem, tudo isso tem que tá em sincronia para que a experiência seja boa e o resultado também, por isso, tudo isso tem que ser decidido antes do ensaio, na parte de pré-produção.

Como resultado a pessoa é obrigada a fazer uma autorreflexão e analisar sua autoimagem. O que combina comigo? O que eu preciso ressaltar em mim? Quais são os pontos que mais gosto em mim? São perguntas que, mesmo que inconscientemente, a pessoa precisa responder a si quando escolhe esses detalhes do ensaio.

Passada a fase do planejamento, é hora da execução. A sessão começa muito antes de chegar no local das fotos, pois há toda uma preparação para o evento: é necessário cuidar das unhas, cabelo, maquiagem…ou seja, tirar o dia para se cuidar! (Não tem como não sentir um bem-estar depois de um dia de cuidados)

Tem ensaios que pedem uma superprodução, outros que são mais leves, mas o cuidado sempre começa antes das fotos

Chegou o grande momento!! Não tem como não ficar nervosa, mas isso não tem problema nenhum, muitas vezes é a primeira vez fazendo isso, tudo bem. Mas nas minhas sessões o nervosismo logo passa quando a modelo percebe que eu e minha equipe estamos ali para proporcionar uma experiência agradável, extraindo o melhor dela e transformando em foto. Aí então a pessoa se solta!

Para foto ficar bonita é preciso fazer pose também, né?! Este trabalho de posar envolve a consciência corporal e é um dos fatores que ajudam a elevar a autoestima, já que a pessoa precisa notar a si, seu corpo e observa que muitas vezes mudando a postura com as dicas que damos, já consegue se ver melhor.

Além disso, ao sair da zona de conforto e ser o centro das atenções, que no começo do tópico eu pontuei como uma dificuldade, acaba se tornando uma coisa prazerosa.

Por último, a cereja do bolo, é receber os melhores momentos daquela experiência incrível em um livro ou pen drive e conseguir se enxergar de uma maneira diferente, de uma maneira, talvez, que há algum tempo não se via, tudo isso graças ao poder da fotografia e com ajuda de uma equipe competente.

Como exemplo de tudo que eu acabei de falar, achei importante trazer alguns depoimentos, como o de Lorrane, uma amiga muito querida que eu tive a honra de fotografar duas vezes, em sessões que ficaram maravilhosas.

Mayara Ruiz que é a psicóloga que eu cito no começo do texto (inclusive me ajudou a escrevê-lo) e que tive a honra de fotografar.

“Ao finalizar esse ensaio com meu amigo e grande fotógrafo @geovanne.franca não só consegui ver que sim: sou linda; como analisei meu valor. Todo o processo desse ensaio me ajudou a ver quem eu sou de uma nova perspectiva. O passo mais importante para autoconhecimento é o se permitir.”

E Pâmella Pryscilla que fez um ensaio super leve e descontraído e o resultado ficou incrível.

O ensaio foi maravilhoso e descontraído. Amei o resultado final, pois ficou do jeitinho que imaginei 😻🥰😊. E não posso esquecer de mencionar os fotógrafos Geovane e sua noiva Andrea que me receberam muito bem e me deixaram muito a vontade( excelentes como pessoas e profissionais) me cativaram. Vale a pena fazer isso por você mesma amei a experiência e já quero fazer de novo. #Ficaadica

Como sua autoestima foi afetada durante a quarentena?

Um ensaio fotográfico é uma forma divertida de trabalhar sua percepção de si mesmo, por isso separei algumas matérias para você ver e conhecer mais meus projetos e se tiver alguma dúvida, no último link você pode conversar diretamente comigo. Até breve!

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